No âmbito da disciplina de Agroecologia, os estudantes do curso de Liderança Comunitária se destacaram ao realizar uma exposição dedicada ao estudo de plantas com propriedades inseticidas destinadas ao cultivo orgânico e agroecológico. A atividade não apenas ofereceu insights sobre práticas alternativas para o manejo de pragas na agricultura sustentável, mas também enfatizou a utilização de recursos naturais disponíveis na região.
Ao longo das aulas, os participantes tiveram a oportunidade de aprofundar seus conhecimentos sobre as características de diversas plantas com propriedades inseticidas, além de aprender sobre suas aplicações para o combate de pragas específicas. Alternativas como o consorciamento de espécies companheiras e o uso de óleos essenciais também foram apresentadas como estratégias eficazes no controle de pragas nas plantações.
Como parte desse estudo, os estudantes do primeiro ano do curso prepararam caldas e extratos provenientes de uma ampla variedade de plantas, incluindo alho, arruda, cabaça, café, camomila, erva-de-são-marcos, cebola, chuchu, cravo-de-defunto, erva-de-São-João, gergelim, mandioca, nim, pimenta-do-reino, tabaco, taiuiá e urtiga. Além disso, o grupo discutiu o uso das caldas, os cuidados necessários, prazos de validade e as principais pragas que podem ser combatidas com esses recursos naturais.
Para demonstrar a eficácia dessas soluções, os estudantes aplicaram uma calda de tabaco em um canteiro de couve na horta da ADL, visando combater o pulgão, durante a atividade, que ocorreu ao longo dos meses de setembro e outubro, abrangendo um total de cinco aulas.
O estudante Daniel Stofel Salino, com a experiência, compartilhou: "Foi a primeira vez que ouvi falar da possibilidade de usar plantas e recursos naturais para o combate de pragas e doenças nas hortas. Essas aulas são interessantes, e aprendemos na prática."7
A conscientização sobre os perigos do uso indiscriminado de agrotóxicos, que poluem o ambiente e ameaçam a saúde humana, é um dos principais objetivos da abordagem agroecológica. Como destacou o autor Marangoni em 2012, aproximadamente 90% dos pesticidas químicos aplicados na agricultura são desperdiçados, não atingindo seu alvo e prejudicando o meio ambiente. Além disso, o uso constante desses produtos pode resultar em resistência por parte das pragas.
As aulas de agroecologia, coordenada pelo educador social Alex Reblim Braun, integra o currículo do curso de Liderança Comunitária, oferecem uma oportunidade valiosa de interagir diretamente com o meio ambiente e de refletir sobre a importância da produção agroecológica e do acesso a alimentos saudáveis e sustentáveis. É uma iniciativa que não apenas capacita os futuros líderes comunitários, mas também contribui para um futuro mais saudável e ecologicamente responsável.
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